quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A dívida brasileira

     Em tempo de eleição este assunto sempre vem à tona, então, como realmente se comportou nossas dívidas Externas e Internas nesses últimos anos?

DIVIDA EXTERNA:

   Nosso atual presidente coloca em letras grandes que efetuou o pagamento com o F.M.I. e hoje passamos então à condição de credores junto àquela Instituição, o que realmente é verdade. Vale lembrar que nos tempos de F.M.I. tínhamos um medo enorme quando inspetores vinham verificar se os recursos eram realmente aplicados para as finalidades solicitadas.

   Em dezembro de 2005 o Brasil quita a dívida com o FMI pagando o valor de US$15,5 bilhões que venceriam até o final de 2007 (não confunda com a dívida externa que ainda existe). Com isso, segundo o então Ministro Antônio Palocci, o Brasil iria economizar US$900 milhões em juros.

   Ora, o valor de R$ 15,5 BI é pequeno se considerada nossa DIVIDA EXTERNA atual  (setembro de 2010 foi estimada em US$243,8 bilhões), conforme Banco Central do Brasil  (http://www.bcb.gov.br/?ecoimpext.). Em 2.002 nossa DIVIDA EXTERNA era de U$ 210,7 bi, aonde podemos chegar a conclusão que o Sr. Lula apenas repassou os U$ 15,5 para outro credor e vem pagando somente os juros, ainda assim houve um pequeno acréscimo.

DIVIDA INTERNA:
   Durante o governo F.H.C., a dívida pública do Brasil, que era de US$ 60 bilhões em julho de 1994, saltou para US$ 245 bilhões em novembro de 2002, ou, R$ 654,3bilhões,  principalmente devido as altas taxas de juros e pela absorção da dívidas dos estados da federação com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

   Até então o governo federal não tinha mecanismos para medir o endividamento total do país, pois a hiperinflação maquiava perdas e ganhos. Como medida de contingênciamento para a implantação Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo tomou para si as dívidas públicas estaduais e municipais (o que, obviamente, gerou o aumento nominal da dívida pública federal), se tornando credor dos estados e municípios altamente endividados. Com a Lei de Responsabilidade Fiscal, impediu que os prefeitos e governadores endividassem novamente os estados e municípios além da capacidade de pagamento. Ao final dos oito anos de mandato, o Estado passa a ter um controle muito mais elaborado das dívidas dos governos federal, estadual e municipal.


   Se confirmadas as previsões do Tesouro Nacional de que a dívida interna federal pode fechar 2010 em até R$ 1,73 trilhão, Lula repetirá a maldição do antecessor. Entregará, muito provavelmente a José Serra (PSDB) ou a Dilma Rousseff (PT), um débito quase duas vezes maior do que o que recebeu. A diferença é que o Sr. F.H.C aumentou sua divida assumindo dividas de estados e municipios implantando a Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto que o Sr. Lula aumentou dando benefícios às classes mais baixas, dando a impressão de que está tudo muito bem.

A pergunta é: Quem vai pagar essa conta ???

por Rogério Boschini  
 

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