terça-feira, 9 de novembro de 2010

I n c o m PT ê n c i a

MEC admite que matriz do Enem entregue à gráfica estava com erro

 

O Ministério da Educação admitiu que o erro nos cartões de respostas das provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorreu ainda na fase de confecção dos exames, antes de eles serem enviados para a gráfica RR Donnelley Moore. O exame está suspendo pela Justiça Federal do Ceará.

De acordo com o edital do Enem, por se tratar de impressão sigilosa, o modelo das provas é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A matriz para a impressão é codificada e entregue para a gráfica pessoalmente por funcionários do instituto. Depois, outra equipe do Inep entrega a senha para a gráfica para abrir os arquivos.
Funcionários do Inep têm de acompanhar e aprovar o processo de impressão. No final do trabalho, os arquivos são apagados dos equipamentos da gráfica. Apesar desse sistema de segurança, os cabeçalhos dos cartões de respostas foram invertidos e cadernos amarelos da prova foram impressos com erros de montagem.
O MEC informou que um funcionário do Inep acompanhou todo o processo de impressão na gráfica, mas que não percebeu que os cabeçalhos dos cartões de resposta estavam trocados. Segundo o MEC, a matriz entregue para a impressão já veio com erro do Inep.
Sobre os problemas com os cadernos amarelos, o MEC informou que a checagem é feita por amostragem, mas que o fiscal não notou nenhum problema porque a quantidade de provas com erro foi muito pequena: 0,003% do volume total.
Na única nota, divulgada nesta segunda-feira (8), a gráfica RR Donnelley Moore reconhece o erro de montagem nos cadernos amarelos e diz que o contrato impõe um sigilo do conteúdo que impede que sejam feitas revisões com a leitura do material impresso.
A troca de cabeçalhos confundiu muitos estudantes. Mesmo assim, o ministro, Fernando Haddad, nega falha de fiscalização. "Não haveria número de funcionários suficiente para fazer uma conferência de cinco milhões de cadernos, ou dez milhões nos dois dias. Então o que se faz é a conferência da matriz, e o controle de qualidade é da gráfica", diz Haddad.

Fonte G1 

Você pagou: MEC poderia comprar mais de 6 milhões de livros didáticos com prejuízo do Enem 2009 

Com o prejuízo provocado pelo vazamento da prova do Enem 2009, o MEC (Ministério da Educação) poderia adquirir mais de 6 milhões de livros didáticos pelo Programa Nacional do Livro Didático. Os custos de impressão dos mais de 4 milhões de jogos de provas - que serão descartados depois que a fraude foi descoberta - foram estimados em R$ 30 milhões pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (1º).

R$ 30 MILHÕES: QUANTO ISSO REPRESENTA NA EDUCAÇÃO
6 milhões de livros didáticos
um ano de estudo para 19 mil alunos
205 ônibus escolares
7 milhões de entradas para cinema

A prova, que seria aplicada no próximo final de semana para mais de 4,1 milhões de candidatos, foi suspensa na madrugada desta quinta, após o MEC ter tomado conhecimento da quebra de sigilo do exame.

De acordo com Haddad, a pasta ainda não sabe se o prejuízo será arcado pelo governo ou pelo consórcio que opera a aplicação. "Nós estamos neste momento cuidando de duas questões: da realização do Enem e da apuração da responsabilidade. A partir da tarde, vamos nos debruçar sobre questões jurídicas", afirmou.

 


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